«Era uma vez… a Revolução» no QI

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«Não seria a autobiografia menos esperada, mas ninguém imaginaria que José Manuel Fernandes oferecesse aos seus ex-editores, enquanto ex-diretor do jornal Público, e que acompanham o ideólogo da expressão liberal que os tempos modernos aceitam como hipótese de má-vida, vê-lo a recordar esses gloriosos tempos de esquerdismo. São memórias pessoais, avisa logo no preâmbulo, fixadas pelo seu olhar e pouco mais.

É curioso lê-lo e entender como mudaram tantos rostos conhecidos do espetro político oposto para aquele em que se encontram: "Hoje ganhei recuo em relação a esses tempos e, às vezes, perguntam-me se me arrependo. Arrependimento não é, contudo, o conceito certo."

O que é certo é o que vai contar nas mais de trezentas páginas que se seguem e que é o melhor espelho do nosso espírito. Goste-se ou não dos tempos e de as pessoas que os marcaram, há cada vez mais a obrigação de conhecer o passado recente para entendermos o ponto em que estamos e, da leitura destas memórias - Era Uma Vez ... a Revolução -, como é que aqui chegámos.

Acrescenta nesse preâmbulo que a pequena história do esquerdismo português não tem sido contada como é desejável, situação que no seu livro é ao contrário.

Está lá tudo, o facto, o nome, a opinião, vetores que se fazem a história nacional até ao epílogo, tão bem intitulado Adeus às Armas! Ou seja, como refere o autor: "Nesta brevíssima recapitulação da forma como o meu pensamento evoluiu." Vale a pena ler.»

 


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