«Tinha 15 anos quando o assassinato de um estudante, Ribeiro Santos, catalisou os sentimentos difusos de revolta que eu já sentia e me levou a tornar-me primeiro num activista das associações de estudantes, logo a seguir num militante radical. Durante os anos que se seguiram dei o melhor de mim, e praticamente todo o meu tempo, à causa da revolução social e política. Até que, ao entrar na maioridade, comecei a ter dúvidas. Depois das dúvidas veio a refutação das falsas certezas, e à passagem dos 23 anos já compreendera a fatal ilusão em que me deixara envolver.
Libertei-me então da ratoeira ideológica do marxismo e dessa sua declinação extrema, o maoismo. Este livro conta a história desses oito anos. Ou, para ser mais exacto, as minhas memórias de como vivi esse período. São naturalmente memórias pessoais, informadas pelo meu próprio olhar e apenas por ele.»
José Manuel Fernandes, in Prólogo
José Manuel Fernandes nasceu em Lisboa em 1957. Estudou no Liceu Pedro Nunes, envolveu-se no movimento associativo dos estudantes ainda antes do 25 de Abril e começou a trabalhar como jornalista em 1976. Frequentou entre 1980 e 1984 o curso de Biologia da Faculdade de Ciência da Universidade de Lisboa. Depois de uma passagem pelo semanário Voz do Povo, trabalhou na década de 80 no semanário Expresso, de onde saiu em 1989 para fundar o jornal Público, cuja direcção integrou durante 20 anos, onze dos quais como director até Outubro de 2009. Jornalista freelancer desde 2010, é autor de vários livros sobre património cultural e ambiental e sobre temáticas políticas.
É ainda professor convidado da Universidade Católica e do ISCEM. É casado e tem dois filhos. Os seus dois livros mais recentes são Diálogo em tempo de escombros, um diálogo com D. Manuel Clemente, e Liberdade e Informação, um ensaio para a Fundação Francisco Manuel dos Santos.
- N. Páginas: 340
- Autor: José Manuel Fernandes
- ISBN: 978-989-622-497-4
- Descrição:
«Tinha 15 anos quando o assassinato de um estudante, Ribeiro Santos, catalisou os sentimentos difusos de revolta que eu já sentia e me levou a tornar-me primeiro num activista das associações de estudantes, logo a seguir num militante radical. Durante os anos que se seguiram dei o melhor de mim, e praticamente todo o meu tempo, à causa da revolução social e política. Até que, ao entrar na maioridade, comecei a ter dúvidas. Depois das dúvidas veio a refutação das falsas certezas, e à passagem dos 23 anos ...
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