Em casa com a Vanessa
«A conversa seguiu para coisas portuguesas. Miss Vanesa tinha passado algum tempo em Lisboa e tinha os Lusíadas e Eça de Queirós na estante. Pewter tinha estado em Moçambique e considerava-se um conhecedor do país, e Michael, sendo um escritor de sucesso, achava que tudo lhe interessava.»
in Em Casa com a Vanessa
Os retornados constroem uma nova vida numa ilha das Caraíbas a que chamam a sua terra natal. Depois do tempo passado em Londres, Boston e Paris, o lugar onde nasceram é uma espécie de desafio. Mas quando o clube artístico da menina Vanessa se encontra, entretém-se com sedução e sardinhas, jacuzzis e questões mundiais. Nora, «Fred» e Vanessa gostam de discutir sobre a tolice dos. Ponderam sobre os sonhos de Arwell se casar com Condoleezza Rice; e perguntam-se como RT pode ser tonto ao ponto de desembarcar numa praia de Guadalupe, então Antígua, faltando ao enterro do seu pai, noutra ilha…
«Em Casa com a Vanessa» é a mais animada as leituras, conseguindo a proeza de ser uma história simultaneamente acutilante e encantadora. Markham é um narrador sarcasticamente divagador e mordaz – e ele e o seu círculo disperso de histórias são uma companhia dos diabos.
A. Markham nasceu na ilha de Montserrat, uma ilha vulcânica das Caraíbas – que se assemelha muito à paisagem inventada de St. Caesare – e frequentou a escola nos anos 1950, em Londres. Após trabalhar para o teatro em Londres e nas Caraíbas Orientais, nos anos 1970 viveu sobretudo na Europa continental, onde foi membro da Coopérative Ouvriére du Bâtiment, construindo e reabilitando casas nos Alpes Marítimos. Professor Jubilado de Escrita Criativa na Sheffield Hallam University,Markham viveu os últimos anos da sua vida na Cidade de Paris.
Markham trabalhou em todos os géneros literários; as suas obras publicadas incluem nove compilações de poesia, quatro compilações de contos, um romance e um livro de memórias. O seu livro em verso de 2002, A Rough Climate, foi nomeado para o prémio de