As Palavras do Punk

As Palavras do Punk

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Este livro oferece o panorama contemporâneo das bandas punk em Portugal. Inserido num projecto de investigação, é fruto de um estudo profundo de Paula Guerra e Augusto Santos Silva sobre esta subcultura. Pioneiro pelo tema, As Palavras do Punk leva-nos ao âmago da música, das letras, dos ambientes, e dos protagonistas do punk português.

O punk chegou a Portugal relativamente cedo. Entre os últimos anos da década de 1970 e os primeiros da década de 80, formou-se uma primeira cena nacional do punk. Que ela perdura até à actualidade,mostram-no as três centenas de bandas em actividade que se lhe referem, directa ou indirectamente.Este livro aborda a cena a partir dos discursos que gera sobre o país e o papel nele do punk. Fá-lo a partir de entrevistas realizadas a 214 protagonistas e da análise de conteúdo dos nomes das bandas, das letras de canções, das capas de discos, dos fanzines ou dos videoclips. Propõe assim uma interpretação sociológica do desenvolvimento do punk em Portugal que se combina e enriquece com as reflexões dos músicos, promotores,fãs e outros agentes da cena. O livro procura responder a algumas perguntas centrais: quem são os protagonistas portugueses do punk? Como constituíram uma cena distinta? Como se estrutura esta cena, quais são as pessoas, os grupos, as canções emblemáticas? Que dizem os punks sobre si próprios e sobre a sociedade? Que mensagens procuram transmitir? Como definem a sua identidade colectiva? O que os divide e opõe? O punk faz sentido hoje?

 

 «O punk é uma cena. A palavra imprime um colorido próprio à estrutura que em cada caso liga os diferentes protagonistas: as bandas, as editoras, os promotores, os críticos, os divulgadores, os consumidores, os fãs; e os recursos e meios de que dispõem, como os discos e outros registos fonográficos, os concertos e outros eventos, os bares, caves, salas e outros espaços de exibição e encontro, os jornais, boletins e fanzines, as lojas de roupas, acessórios e discos, as ruas e bairros, as plataformas físicas e digitais…»

«Cultura, cena, forma musical: o punk é isto, desde os seus primórdios. Como, antes, durante e depois dele, outras dinâmicas o foram e são. O ponto é que as dimensões estão articuladas. A estrutura melódica rudimentar, a sonoridade agressiva, a intensidade e a rapidez da canção, o impacto da percussão, as palavras que se gritam mais do que se cantam, a ocupação performativa do palco, as cores fortes, as incisões e pinturas dos corpos, os adereços metálicos, os símbolos que conotam dureza, masculinidade ou rebeldia, o teor cru e provocatório das letras, os ambientes e horas de encontro, tudo isso se conjuga numa ética e numa estética que dialogam entre si.»


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