Volta ao Mundo ... 500 anos depois

Volta ao Mundo ... 500 anos depois

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Dar a volta ao mundo 500 anos depois é, antes de mais, homenagear Fernão de Magalhães. É circum-navegar o mundo dos séculos XVI e XXI ao mesmo tempo e ficar a saber por que nas espartanas naus de Magalhães muitos morreram à fome, mas no luxuoso paquete “Costa Luminosa” se morreu por excesso de comida.

É compreender porque as catedrais e basílicas de Goa se transformaram nos arranha-céus de Singapura e Dubai; os fortes portugueses de Muscate em Omã nos porta-aviões da 7.ª esquadra americana; e a rota das especiarias na rota do petróleo.

É extasiar-se com a divinização da Natureza na civilização Maori e descobrir que tal só aconteceu porque a Polinésia estava muito longe dos incensos salvíficos do Ocidente e do Oriente. É entender que o descobrimento do “Paso”, entre o Atlântico e o Pacífico no século XVI, só terá equivalente no século XXI ou seguintes, quando outro Magalhães descobrir um atalho no espaço/tempo para do nosso universo se passar a outra qualquer galáxia do cosmos. Foi, por isso, que o consultor da NASA Laurence Bergreen proclamou recentemente: “Se eu fosse português em 2019 teria muito orgulho.”

 

João Carlos Sarabando, natural da aldeia de Lombomeão, Vagos, começou cedo a maravilhar-se pelas viagens náuticas. Ainda criança, desenhava com cotos de giz, em cima de portas acabadas de pintar, os paquetes Vera Cruz e Santa Maria. Mais tarde, realizou regatas em barcos construídos com talos de milho verde, ao longo das regadeiras mestras. A canoa acabou pendurada na garagem da casa do Freixo, na margem direita do rio Douro. Mal sabia ele que estaria a poupar energias para em 2019 homenagear Fernão de Magalhães ao realizar esta “Volta ao Mundo... 500 anos depois”.


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