Capítulos

Má Despesa Pública (Excerto 1.º capítulo)

Publicado em

 Governo e tudo à volta   Concertos, subsídios, festas e, principalmente, projectos ruinosos, outros duvidosos e ainda aqueles que ninguém viu. Prepare-se para o pior.   O motorista de 21 anos que ganha 1600 euros Aos 21 anos, André Wilson da Luz Viola tem como função ser motorista da Secretaria de Estado da Cultura, ganhando por mês 1610,01 euros (brutos). É uma das nomeações do actual Governo. O mais curioso é que, quando o seu contrato foi publicado pela primeira vez no site do Governo, apresentava um salário de 1866,73 euros. Para se ter uma ideia da discrepância, ao serviço...

Ler mais →

Zita, a Imperatriz Coragem (1.º Capítulo)

Publicado em

 1. UM SÉCULO, UMA VIDA Viena, 1 de Abril de 1989. Em frente da igreja dos capuchinhos, o cocheiro puxa as rédeas e os seis cavalos pretos suspendem a marcha. À direita, os escudeiros uniformizados trazem braçal de luto. O monumental carro fúnebre é encimado por um bando de águias bicéfalas. E pela coroa imperial. Seis tiroleses de vestes encarnadas, chapéus verdes e plumas imaculadas tiram a urna do carro e transportam­‑se até ao pórtico, aonde são aguardados pelo mestre­‑de­‑cerimónias. Este bate três vezes à porta com a bengala de castão de prata. No interior, o irmão porteiro também aguardava este...

Ler mais →

Álvaro Cunhal no País dos Sovietes (algumas páginas do interior)

Publicado em

Ler mais →

Era uma vez a Revolução (1.º capítulo)

Publicado em

  Uma infância Tranquila   É apenas uma imagem fugaz, nem sei se verdadeira. É a imagem de um automóvel a descer a rua de São Lázaro em direcção ao Martim Moniz. O meu pai ia ao volante e, sentado ao lado, o meu avô. É a minha memória mais antiga e pode ter acontecido: o meu avô morava num casarão na rua da Palma e, como não conduzia, o meu pai costumava levá-lo a casa. Já lembrar-me da viagem é mais problemático: afinal, o meu avô morreu quando eu tinha apenas três anos de idade. Mas é possível. A nossa...

Ler mais →

A «República Velha»

Publicado em

A República e o País   Pouco depois do «5 de Outubro», António José de Almeida perguntou, melodramaticamente, se 300 000 republicanos chegavam para manter em respeito 5 milhões de portugueses. A pergunta era boa. Sobretudo porque, na melhor das hipóteses, os republicanos não passavam de 100 000. Em 1910 o PRP não tinha qualquer organização na maioria dos concelhos do país e onde a tinha no papel quase sempre não a tinha na realidade: comissões e agremiações com nomes heróicos, que na prática se reduziam à mesma meia dúzia de amigos, associados sob diversos nomes e pretextos. Não havia acidente nesta...

Ler mais →