Capítulos

Confissão (Prefácio de José Milhazes)

Posted by Afonso Reis Cabral on

 A Confissão de Tolstoi é talvez a obra mais autobiográfica deste autor clássico da literatura russa, onde faz um balanço da sua vida interior passada, tentando exprimir um novo sentido e significado para a vida depois de intensas buscas emocionais. Lev Tolstoi traça um retrato das suas buscas espirituais: desde o niilismo juvenil e da descrença até à crise existencial da idade adulta. O escritor alcançara praticamente tudo na vida: saúde, reconhecimento universal, riqueza e uma família ideal, mas eis que surge o dragão chamado morte, que tudo devora e atira por terra todos os anseios humanos. Tolstoi conta que...

Read more →

Faz de Contas (alguns problemas)

Posted by Afonso Reis Cabral on

1.   O golfinho da barbatana branca, quando não está a brincar ou a dormir, apanha peixes. Apanha 6 peixes por hora no mar, e nos rios apanha 15 peixes a cada duas horas. Sabendo que, na semana passada, andou 40 horas a pescar num rio e 63 horas no mar, diz quantos peixes apanhou ele. E quantas horas passou a dormir ou a brincar?    5.   Terk, a amiga do Tarzan, foi beber água num lago infestado de crocodilos. O Tarzan disse‐lhe para esperar pela noite, quando os crocodilos estivessem a dormir, mas ela não quis saber. Mal lá...

Read more →

Faz de Contas (alguns problemas)

Posted by Afonso Reis Cabral on

1.   A Branca de Neve estava a cozinhar para os Sete Anões e reparou que só tinha 20 ervilhas e 32 grãos de arroz. – Que pena, tão pouca comida dá apenas para um anão... Pobrezinhos, depois de tanto trabalho. Mas logo a Fada Madrinha apareceu e multiplicou todas as ervilhas e todos os grãos por sete. Podes dizer com quantas ervilhas e quantos grãos de arroz ficou a Branca de Neve?   4.   Os pelicanos guardam peixes no papo e levam-nos para o ninho. O Pelicas tinha 3 filhos no ninho e voava com 23 peixes no papo....

Read more →

O sobrenatural é natural (1.º capítulo)

Posted by Afonso Reis Cabral on

A RESPOSTA DA CRIANÇA             É habitual supor que os elementos mais simples de uma questão são os que primeiro saltam à vista; infelizmente, porém, na busca da verdade, é frequente esta aparecer em último lugar. É pelo menos o que acontece àquela tribo lamentável cujos membros perderam de tal maneira o sentido da verdade, que não fazem outra coisa senão gabar-se de que andam à procura dela. São como aquele cego que apalpava um elefante pensando tratar-se de uma vaca, e para quem a tromba era uma cauda fora de sítio e os dentes eram cornos fora do lugar; assim,...

Read more →

Cartas de Inglaterra (1.º capítulo)

Posted by Afonso Reis Cabral on

I Afeganistão e Irlanda     Os Ingleses estão experimentando, no seu atribulado império da Índia, a verdade desse humorístico lugar-comum do século XVIII: «A história é uma velhota que se repete sem cessar.» O Fado ou a Providência, ou a Entidade qualquer que lá de cima dirige os episódios da campanha do Afeganistão, em 1847, está fazendo simplesmente uma cópia servil, revelando assim uma imaginação exausta. Em 1847, os Ingleses – «por uma razão de estado, uma necessidade de fronteiras científicas, a segurança do Império, uma barreira ao domínio russo da Ásia…» e outras coisas vagas que os políticos...

Read more →