«As palavras da Palavra - Dicas sobre as parábolas de Jesus» em notícia

Posted by Alexandra Louro on

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11-12-2013 às 18:39

Livro sobre as parábolas de Jesus apresentado esta quinta-feira

Livro sobre as parábolas de Jesus apresentado esta quinta-feiraShare

O livro «As palavras da Palavra», que é apresentado quinta-feira, em Lisboa, é um diálogo entre a editora livreira Zita Seabra e o padre Gonçalo Portocarrero de Almada sobre as parábolas de Jesus.

Na introdução, Portocarrero de Almada chama à atenção para facto de que «Jesus nada escreveu», mas «lançou aos ventos do mundo e da história a semente da Palavra, nas palavras das suas parábolas».

«As palavras da Palavra. Dicas sobre as parábolas de Jesus», do padre Gonçalo Portocarrero e Zita Seabra, é apresentado pelo catedrático da Universidade Católica João Carlos Espada, na quinta-feira, às 18:30, no Teatro Nacional de S. Carlos, em Lisboa.

A obra é escrita em diálogo, em que Zita Seabra interroga o sacerdote sobre a utilização das parábolas, ou determinado ensinamento que se deve retirar de uma parábola.

Para Zita Seabra, «as parábolas são um espaço de liberdade, de criatividade, de poesia, de verdadeira escrita criativa -- como é moda dizer-se».

Jesus, todavia, contou essas parábolas para «ensinar os princípios da fé e da moral cristã e para nos introduzir na relação com o eterno», sustenta.

«Insólitas», «fantasiosas» ou «espantosas contradições» e «que raiam, por vezes, o absurdo», as parábolas «interpelam e provocam os ouvintes», afirma Zita Seabra.

Por outro lado, defende, estas histórias que Jesus contou, que os discípulos registaram e a memória dos cristãos fixou, não são «letra morta, nem narrações efémeras, porque nos aproximam sempre do eterno».

Portocarrero, no diálogo com a sua interlocutora, atesta que as parábolas são dos textos, "cuja autenticidade está melhor comprovada» e sublinha: «Todo o fundamentalismo parece-me ser uma perversão da própria palavra».

«A palavra deve ser entendida num sentido vivo, num sentido dinâmico, não apenas no seu sentido literal», frisa o sacerdote.

Zita Seabra, por seu lado, afirma, que «não existe teólogo, e sobretudo nenhum fundamentalista que possa dizer fixei o texto e garantir que a interpretação oficial de uma determinada parábola está estabelecida».

As parábolas são, defende Portocarrero de Almada, «um espaço de liberdade», uma «zona de livre interpretação».

Gonçalo Portocarrero de Almada, de 55 anos, é sacerdote desde 1986, ministério que exerce no âmbito da prelatura do Opus Dei, autor de várias obras e artigos, é coautor Com Zita Seabra é coautor de «A Igreja na Inquisição da opinião pública», livro editado no ano passado.

Editora livreira, Zita Seabra, ex-deputada do PCP e do PPD/PSD, partido no qual ainda hoje milita, escreveu as suas memórias em 2007, com o título «Foi assim». Anteriormente, tinha publicado, em 1988, «O nome das coisas». Dirigiu as editoras Quetzal e Bertrand, tendo fundado, em 2005, a Alêtheia, que chancela esta obra.

Diário Digital com Lusa


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