Nenhum turista vai a Tucson

Nenhum turista vai a Tucson

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Nenhum turista vai a Tucson, mas Alberto Gonçalves foi. Foi a Tucson e a muitos outros lugares e lugarejos da América, ao longo de vinte anos e quase outras tantas expedições, por ar, mar e sobretudo terra, nas estradas largas e longas que rasgam o continente do Maine ao sul da Califórnia. O resultado está neste livro, que mistura episódios pessoais e transmissíveis com considerações sortidas sobre a história, a política e a alta e a baixa culturas de um país que, goste-se ou não (o autor, apesar de inúmeros “apesares”, a maioria relatada aqui, gosta imenso), ainda é o padrão de referência do Ocidente.

Não é exatamente um guia de viagens, na medida em que não informa acerca do preço da visita ao Empire State Building (começa em 44 dólares, a preços de 2023 e na compra online dos bilhetes) nem teoriza acerca da qualidade dos lençóis do hotel Aria, em Las Vegas (é boa). Mas é também um guia de viagens, dado que talvez inspire outros a fazê-las ou, consoante os casos, a evitá-las.

O que “Nenhum Turista Vai a Tucson” (lê-se mais ou menos “Tussón”) não é é um trabalho de “tese”, a tentar vender uma ideia fixa do que são, ou deveriam ser, os EUA. No fundo, é o contrário: o testemunho das sucessivas surpresas que os EUA proporcionam a quem os procura conhecer para lá dos ex-libris e dos preconceitos. Inadvertidamente, a obra acaba por ser também um registo das mudanças, sem decidir se as transformações em curso se distinguem daquelas desde sempre inscritas na própria natureza americana ou representam qualquer coisa inédita e de consequências incertas. Alberto Gonçalves não pretende adivinhar o futuro: o passado e o presente da América são, para o bem e para o mal, demasiado interessantes.

Alberto Gonçalves nasceu em Matosinhos, em 1969, e vive entre essa cidade e os confins do Nordeste Transmontano. Escreve em jornais há 24 anos, os últimos seis em exclusivo no Observador. Este é o seu sexto livro, após quatro de crónicas reunidas (“Selecção Nacional”, de 2006; “Ninguém Diga Que Está Bem”, de 2010; “A Ameaça Vermelha”, de 2017; e “O Estado a Que Isto Chegou”, de 2019) e um breve relato histórico (“Um Segredo Público – Os Judeus de Trás-os-Montes”, de 2022). Ainda sonha ser camionista de longo curso na América, mas começa a suspeitar que se ficará pelo sonho.

 

 


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