Da Monarquia à República

Da Monarquia à República

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Em Outubro de 1910, Portugal assistiu à mais importante mudança de regime da sua história, deixando de ser uma monarquia, como sempre fora desde a fundação no século XII, para passar a ser uma república, a primeira das três que até hoje regeram e regem o país. Essa transição política pareceu-se com outras, também registadas na época contemporânea - o 24 de Agosto de 1820, o 28 de Maio de 1926 ou o 25 de Abril de 1974. Foi um dia em que um punhado de militares audaciosos, actuando em nome de uma elite civil de portugueses pensantes, agiu motivado por um programa mínimo com um apoio máximo.

Mais concretamente, o 5 de Outubro de 1910 assemelhou-se ao 25 de Abril de 1974. D. Manuel II foi o Marcelo Caetano do seu tempo, e o herói do golpe, Machado Santos, o equivalente de Salgueiro Maia. Estes só precisaram de demonstrar coragem e resistência durante algumas horas (o primeiro na Rotunda, o segundo no Largo do Carmo), para que aqueles descobrissem que ninguém se bateria por eles na defesa de um estado de coisas cuja manutenção deixara de interessar à parte pensante e actuante da política e da sociedade portuguesas.

 Em 1910, toda a gente sabia o que não queria: uma política monárquica mergulhada num impasse, gerida por governos instáveis e por um rei tíbio e hesitante que parecia adiar o futuro. O que faltava saber era que tipo de futuro iria emergir da acção daqueles portugueses que, de entre a massa geral, tinham condições para expressar a sua vontade - e se esse futuro seria de democratização e progresso, como tinham querido vários reformistas monárquicos e como há muito prometia a propaganda republicana.


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