Bragaparques - A hora da verdade (Introdução)

Publié par Hugo Neves le

A ideia de escrevemos a história de vida do nosso pai começou por surgir como uma reacção emotiva perante o vulcão mediático em que o tentaram colocar com o chamado caso Bragaparques, em Fevereiro de 2006. Sim, são tempos que parecem distantes, mas ainda hoje sentimos essas feridas à flor da pele. Temos bem presente as primeiras notícias que surgiram nas televisões e que depois se alastraram como um vírus por jornais e revistas de todos os géneros. O nosso pai foi julgado e condenado na praça pública. Tentaram humilhá­‑lo com rótulos repugnantes e depois tudo fizeram para decretar a sua morte cívica e destruir os negócios arduamente conquistados. Não conseguiram e as emoções desse primeiro choque atenuaram­‑se à medida que os tribunais se foram pronunciando.
Esta é, pois, a hora da razão. Importa agora contar toda a verdade. Doa a quem doer. É esse o único desejo que nos move: contar a verdade e a verdade começa com os valores e os princípios que a nossa família preserva desde que temos memória colectiva. Somos orgulhosos herdeiros das gentes do Gerês que tanto sofreram para conquistar um palmo de terra e que souberam sempre reerguer­‑se quando tudo em seu redor parecia condenado. Aprendemos com as nossas gentes a superar os obstáculos porque acreditamos no sucesso pelo trabalho e na força dos laços entre pessoas.
Este livro é dedicado em primeiro lugar ao nosso pai e à nossa mãe, a toda a família presente e ausente, aos muitos amigos que sempre estiveram ao nosso lado, mas é também um livro dedicado aos que sofreram e ainda sofrem os danos provocados por pessoas sem escrúpulos que se movem pela inveja e pelos interesses particulares. Este livro ambiciona contar toda a história de vida do nosso pai para demonstrar que o seu sucesso como empresário resulta do respeito pelos seus princípios como homem e, acima de tudo, da sua inesgotável capacidade de trabalho. Nós, a família, somos testemunhas orgulhosas do seu percurso e desejamos que este livro possa de alguma maneira contribuir para que as pessoas comuns conheçam todos os factos e possam depois formular com liberdade os seus próprios juízos. A verdade pode demorar, mas acaba sempre por chegar à tona.

Bruno, Joana e Mariana,
Rio Caldo, Julho de 2013.

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